quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A conta do título

CAMPO GRANDE - A Stock Car parte para sua última etapa e, como já é tradição, o BLuc antecipa a matemática da disputa pelo título. Depois da vitória de Max Wilson domingo em Brasília – foi a quinta vitória em 11 corridas no ano do Stock Car Luc Team, já apresentado aqui tempos atrás; um ótimo aproveitamento –, a lista de candidatos ao título passou a contemplar sete nomes.

O campeão de 2012 sairá da Corrida do Milhão, dia 9 de dezembro em Interlagos. Que valerá o dobro da pontuação habitual. Três equipes destacam-se nesse momento decisivo da temporada – Red Bull Racing, Eurofarma-RC e Super Mobil Pioneer Racing têm, todas elas, seus dois pilotos lutando não só pelo prêmio de um milhão de reais, mas também pelo título. A Shell Racing também está na disputa pela taça da temporada, com Valdeno Brito, o primeiro a ter conquistado o prêmio milionário que a Stock Car instituiu em 2008, na época em dólares.

O ábaco do DataLuc foi tirado do armário hoje e, considerando o sistema de pontos especial da etapa de daqui a três semanas em São Paulo, apontou as possibilidades de título de cada um dos sete, digamos, finalistas.

Cacá BUENO, 159 pontos

Com três vitórias para usar como ferramenta de desempate, depende de um quarto lugar na Corrida do Milhão para ser campeão, mesmo que um dos vice-líderes ganhe a corrida. Em se tratando de um tetracampeão reconhecidamente vitorioso, caso do carioca da Red Bull Racing, pode parecer fatura liquidada, mas cabe lembrar que, nas últimas seis corridas, os quintos lugares em Salvador, Tarumã e Curitiba foram seus melhores resultados.

Átila ABREU, 149 pontos

Dos três vice-líderes, o vencedor da etapa de Curitiba é quem leva vantagem num eventual desempate, por ter um segundo lugar em Tarumã, coisa que Daniel Serra, também vencedor de uma etapa, não marcou. Vencendo a corrida, o piloto da Super Mobil Pioneer Racing dependerá de Cacá Bueno não estar entre os quatro primeiros. Se for segundo, além do atual líder não poder ficar entre os seis primeiros, a vitória não pode ser nem de Serra, nem de Maurício. Se Abreu foi terceiro em Interlagos, só será campeão se Bueno for no máximo nono, com Serra e Maurício fora do pódio.

Daniel SERRA e Ricardo MAURÍCIO, 149 pontos

A conta para o primeiro título do filho do tricampeão Chico Serra, que defende a Red Bull Racing, ou para a segunda taça do campeão de 2008, hoje piloto da Eurofarma-RC, é exatamente a mesma de Abreu, com inversão óbvia das limitações de posições entre os três. Há diferentes campanhas para mero efeito de desempate. Abreu soma uma vitória e um segundo lugar. Serra, com uma vitória, não terminou nenhuma corrida em segundo, mas tem três terceiros lugares e leva vantagem sobre Maurício, que ainda não venceu e tem duas segundas posições. Para qualquer um dos três que aparecem em segundo na tabela, até um 15º lugar, em uma combinação de resultados improvável, valer o título.

Max WILSON, 138 pontos

Se repetir na Corrida do Milhão a vitória de hoje cedo em Brasília, dependerá dos três vice-líderes fora do grupo dos quatro primeiros e de Bueno em décimo. Um segundo lugar pode fazer o baixinho repetir o título de dois anos atrás, desde que Brito não vença, os vice-líderes não estejam entre os seis melhores da corrida e o atual líder seja no máximo 12º. Terminando em terceiro, o piloto da Eurofarma-RC esperará Brito em quarto, os vice-líderes fora do grupo dos oito melhores da corrida e Bueno em 14º. Abaixo do décimo lugar em Interlagos, para Wilson, nada vale título.

Valdeno BRITO, 137 pontos

Sua matemática é bem parecida com a de Wilson, embora tenha duas vitórias para aplicar num eventual desempate, contra apenas uma do adversário – isso coloca os três vice-líderes em igual condição em sua matemática. Vencendo, em Interlagos, o paraibano da Shell Racing vai contar com Serra, Abreu e Maurício fora do grupo dos quatro primeiros e Bueno em 11º. O segundo lugar lhe será suficiente para o título se Wilson não for o vencedor, sem nenhum dos vice-líderes entre os seis primeiros e com Bueno fora do grupo dos dez primeiros. Sendo terceiro, Brito fica com a taça se combinar Wilson fora do pódio, os vice-líderes fora da lista dos oito melhores, com Bueno em 14º, desde que Figueiredo não vença. Com um quarto lugar em Interlagos, vai esperar que Figueiredo não vença, com Wilson em quinto, os vice-líderes no máximo em décimo e Bueno em 16º. Suas possibilidades de título vão até o nono lugar na corrida.

Nonô FIGUEIREDO, 130 pontos

É quem tem a chance mais parca de ser campeão. Vencendo em Interlagos, comemora o título se o segundo lugar não for de Brito ou Wilson, com os três vice-líderes fora do grupo dos oito primeiros e Bueno em 14º. O segundo lugar também confere o titulo a Figueiredo, desde que Brito seja no máximo quinto, Wilson fique em sexto, os vice-líderes não estejam entre os dez primeiros e Bueno não termine entre os 15 primeiros. Sendo terceiro, o piloto da Mobil Super Pioneer contará com Brito em sétimo, Wilson em oitavo, Maurício, Abreu e Serra fora do grupo dos 12 primeiros e Bueno no máximo em 18º. Se não terminar pelo menos entre os seis, nem precisa fazer contas. Fica para a próxima.

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